Só no primeiro dia de exibição nos cinemas dos EUA o filme 'Avatar', uma aventura de ficção científica em 3D, rendeu 27 milhões de dólares.
"Foi um grande começo", comentou Paul Dergarabedian, analista de cinema da Hollywood.com, à Bloomberg. No entanto, sublinha, as vendas ainda poderiam ter sido melhores não fosse a primeira época de tempestades de neve que está a assolar a costa leste dos Estados Unidos, obrigando as pessoas a ficarem em casa.
Dergarabedian acredita que o filme de James Cameron pode gerar receitas de 80 milhões de dólares nos Estados Unidos esta semana.
‘Avatar' conta a história de um Marine paraplégico cuja mente é fundida com o corpo de um ‘alien' que vive no planeta Pandora.
A história de Avatar decorre no ano de 2154 num planeta chamado Pandora. Jake Sully (Sam Worthington), ex-fuzileiro naval ficou paraplégico devido a uma guerra na Terra. Depois da morte do irmão gémeo, Jake é a única pessoa que tem um DNA compatível para controlar a réplica artificial conhecida como Avatar da raça extraterrestre Na’vi e, assim, vai se infiltrar no planeta Pandora a fim de recolher todas as informações necessárias para os humanos. Entretanto, diante do novo mundo a sua frente e da cultura e costumes dos Na’vi, Jake vê se entre ajudar os humanos ou lutar ao lado dos extraterrestres para proteger Pandora.
Há 12 anos atrás, era lançado Titanic, escrito e realizado pelo realizador James Cameron entretanto, mesmo diante da magnitude do seu último filme, Cameron conseguiu, em termos de efeitos visuais, superar a si mesmo com a megaprodução Avatar. E mesmo depois de tantos anos longe das câmaras, ele não perdeu o talento que tem, a narrativa é desenvolvida na velocidade certa, com os personagens a ter o tempo necessário para que consigamos lembrar de cada um, e o universo criado é fabuloso, a selva de Pandora é maravilhosa e realista, talvez o que possa desiludir um pouco no filme seja a concepção de arte dos seres que habitam o planeta, com excepção dos Na'Vis, mas isso também é reflexo da qualidade, os seres são tão diferentes que causam estranhamento do que estamos acostumados a ver em outros filmes. Por falar nisso, a megalomania de Cameron em sempre querer utilizar tecnologias nunca antes vistas, em cada novo filme também está a favor de Avatar, os Na'Vi, são lindissimos e a textura da pele é absolutamente real, sem contar que a expressão facial dos actores está totalmente ali, fazendo os trabalhos em "performance-capture" do Robert Zemeckis em Polar Express e Bewoulf completamente obsoletos, destaque para a captura das expressões de Zoe Saldana que tem uma actuação muito boa, o que por vezes pode aconteçer não lembrar que é computação gráfica e não ela mesmo que está ali.
Sam Worthington o protagonista também merece destaque, a cena em que ele caminha pela primeira vez, na pele de seu avatar é emocionante, mesmo acontecendo logo no inicio do filme, antes de dar tempo do espectador criar qualquer vínculo com a história, e todo o resto do elenco é competente, Sigourney Weaver está perfeita no papel de uma dedicada bióloga até faz lembrar o filme Gorilas na Bruma, Giovanni Ribisi está bem no cinismo da sua personagem e Michelle Rodriguez, mais uma vez no papel de mulher dura, já Stephen Lang o Coronel Milles Quaritch, começa muito bem, mas torna se num vilão caricato demais a medida que história avança, culpa do roteiro, no que respeita a ouvir ele a dizer antes de arrasar com uma comunidade, frases batidas como: "Sejamos rápidos, não quero me atrasar para o jantar".
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