terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Avatar rende 27 milhões de dólares na estreia

Só no primeiro dia de exibição nos cinemas dos EUA o filme 'Avatar', uma aventura de ficção científica em 3D, rendeu 27 milhões de dólares.






"Foi um grande começo", comentou Paul Dergarabedian, analista de cinema da Hollywood.com, à Bloomberg. No entanto, sublinha, as vendas ainda poderiam ter sido melhores não fosse a primeira época de tempestades de neve que está a assolar a costa leste dos Estados Unidos, obrigando as pessoas a ficarem em casa.



Dergarabedian acredita que o filme de James Cameron pode gerar receitas de 80 milhões de dólares nos Estados Unidos esta semana.



O recorde de bilheteiras para a primeira semana de exibição de um filme em Dezembro pertence a ‘I Am Legend', de Will Smith. O filme rendeu 77,2 milhões de dólares à Time Warner.



Com um orçamento de 230 milhões de dólares, ‘Avatar' está entre os filmes caros de sempre, segundo a Internet Movie Database.


‘Avatar' conta a história de um Marine paraplégico cuja mente é fundida com o corpo de um ‘alien' que vive no planeta Pandora.



Sam Worthington, do ‘Exterminador Implacável - A Salvação' interpreta o principal papel da nova película de James Cameron.



James Cameron ganhou um Óscar em 1997 pela direcção do ‘Titanic'. O filme bateu os recordes de bilheteiras, com receitas de 1,8 mil milhões de dólares em todo mundo, segundo a Box Office Majo.
A história de Avatar decorre no ano de 2154 num planeta chamado Pandora. Jake Sully (Sam Worthington), ex-fuzileiro naval ficou paraplégico devido a uma guerra na Terra. Depois da morte do irmão gémeo, Jake é a única pessoa que tem um DNA compatível para controlar a réplica artificial conhecida como Avatar da raça extraterrestre Na’vi e, assim, vai se infiltrar no planeta Pandora a fim de recolher todas as informações necessárias para os humanos. Entretanto, diante do novo mundo a sua frente e da cultura e costumes dos Na’vi, Jake vê se entre ajudar os humanos ou lutar ao lado dos extraterrestres para proteger Pandora.



Há 12 anos atrás, era lançado Titanic, escrito e realizado pelo realizador James Cameron entretanto, mesmo diante da magnitude do seu último filme, Cameron conseguiu, em termos de efeitos visuais, superar a si mesmo com a megaprodução Avatar. E mesmo depois de tantos anos longe das câmaras, ele não perdeu o talento que tem, a narrativa é desenvolvida na velocidade certa, com os personagens a ter o tempo necessário para que consigamos lembrar de cada um, e o universo criado é fabuloso, a selva de Pandora é maravilhosa e realista, talvez o que possa desiludir um pouco no filme seja a concepção de arte dos seres que habitam o planeta, com excepção dos Na'Vis, mas isso também é reflexo da qualidade, os seres são tão diferentes que causam estranhamento do que estamos acostumados a ver em outros filmes. Por falar nisso, a megalomania de Cameron em sempre querer utilizar tecnologias nunca antes vistas, em cada novo filme também está a favor de Avatar, os Na'Vi, são lindissimos e a textura da pele é absolutamente real, sem contar que a expressão facial dos actores está totalmente ali, fazendo os trabalhos em "performance-capture" do Robert Zemeckis em Polar Express e Bewoulf completamente obsoletos, destaque para a captura das expressões de Zoe Saldana que tem uma actuação muito boa, o que por vezes pode aconteçer não lembrar que é computação gráfica e não ela mesmo que está ali.


Sam Worthington o protagonista também merece destaque, a cena em que ele caminha pela primeira vez, na pele de seu avatar é emocionante, mesmo acontecendo logo no inicio do filme, antes de dar tempo do espectador criar qualquer vínculo com a história, e todo o resto do elenco é competente, Sigourney Weaver está perfeita no papel de uma dedicada bióloga até faz lembrar o filme Gorilas na Bruma, Giovanni Ribisi está bem no cinismo da sua personagem e Michelle Rodriguez, mais uma vez no papel de mulher dura, já Stephen Lang o Coronel Milles Quaritch, começa muito bem, mas torna se num vilão caricato demais a medida que história avança, culpa do roteiro, no que respeita a ouvir ele a dizer antes de arrasar com uma comunidade, frases batidas como: "Sejamos rápidos, não quero me atrasar para o jantar".


A mensagem ambiental é ingénua, embora seja aceitável no entanto, o facto de James Cameron ter tido a ideia das conexões entre os seres vivos do Planeta, faz com que todos sintam com mais intensidade qualquer cena de desmatamento, melhor é a mensagem antibelicista, sobretudo na maneira como ele encara o exército americano, Avatar é sem dúvida um grande filme, e irá maravilhar tudo e todos e esperemos que também a Academia de Hollywood onde possa ser tão nomeado quanto Titanic foi em 1997, se assim não for, que seja nomeado pelo menos nas categorias técnicas pois tem todas as capacidades para tal, com óscares ou sem eles Avatar ficará como um exemplo fascinante na história do cinema.

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